Vereadores pedem proteção policial após MP prender prefeito de Caicó, no RN

Vereadores foram até a Procuradoria-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte (Foto: Divulgação/Ministério Público do RN)

Segundo o MP, os vereadores Zaqueu Fernandes Gomes, Rosângela Maria da Silva e Frankslâneo Diogo da Silva terão escolta armada para garantir sua segurança. Eles procuraram diretamente o procurador-geral, Eudo Leite, para pedir proteção.

Ainda de acordo com o Ministério Público, o áudio enviado aos promotores foi gravado por Zaqueu Fernandes, e mostra uma conversa entre ele e o vereador Raimundo Inácio Filho, o “Lobão”. Na gravação, Lobão pede a Zaquei que vote a favor do prefeito Robson Araújo, o Batata, na Comissão Especial de Inquérito (CEI) que foi instalada para apurar a responsabilidade de todas as gestões públicas municipais, desde a criação da Contribuição para Custeio dos Serviços de Iluminação Pública (Cosip).

No diálogo, Raimundo Lobão oferece a Zaqueu o valor de R$ 30 mil e até cinco cargos na administração municipal. A oferta é realizada em nome do prefeito. Confira o áudio aqui.

A operação do MPRN prendeu nesta terça-feira (14) o prefeito de Caicó, o vereador Raimundo Inácio Lobão e ainda um lobista, todos suspeitos de corrupção ativa e passiva, associação criminosa, tráfico de influência, lavagem de dinheiro e dispensa indevida de licitação.

A Operação Tubérculo cumpriu os três mandados de prisão, e outros seis mandados de busca e apreensão na cidade seridoense e em Natal. Além de presos preventivamente, o prefeito Robson Batata e o vereador Lobão foram afastados dos cargos. O lobista Edvaldo Pessoa de Farias teve prisão temporária decretada.

Ainda de acordo com o MP, o prefeito Batata é suspeito de ter recebido pelo menos R$ 70 mil para manter contratos de iluminação pública do município com empresas investigadas pela Operação Cidade Luz, em Natal e Blackout, em Caicó.

A Operação Tubérculo é desdobramento das operações Cidade Luz, deflagrada em julho de 2017 e que desvendou um esquema criminoso instalado na Secretaria Municipal de Serviços Urbanos de Natal através da constituição de cartel entre empresas pernambucanas que prestavam serviços de iluminação pública na cidade; e Blackout, realizada em agosto do mesmo ano e que apurou superfaturamento e pagamento de propina para manutenção do contrato de iluminação pública em Caicó.

G1

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