De janeiro até esta terça-feira (23) choveu, em média, entre 500mm e 800 mm no Rio Grande do Norte, tendo as Regiões de Martins e Grande Natal registrado os maiores índices, e as Microrregiões de Pau dos Ferros, Borborema e Baixa Verde, com índices inferiores a 500mm. Os dados são da análise pluviométrica feita pela Unidade Instrumental de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). Os números apontam que, em 2019, as chuvas ocorridas neste período foram melhores, quando comparadas aos últimos 7 anos, no que se refere a quantidade e distribuição.
“O reflexo disso é a recarga hídrica nos reservatórios do Estado que foi melhor do que em anos anteriores e a agricultura apresentou uma recuperação na produção de grãos e pastagem para os rebanhos”, destacou Gilmar Bristot, chefe de meteorologia do órgão.
Nas Mesorregiões Agreste e Central as chuvas observadas ultrapassaram a esperada, enquanto que as mesorregiões Leste e Oeste, foram abaixo. “Na análise das chuvas ocorridas em 2019, quando se olha as médias pluviométricas comparadas com a chuva esperada conclui-se que no Estado como um todo a chuva ocorrida ficou próxima da chuva esperada, comprovando a previsão divulgada pela Emparn em meados do mês de fevereiro de 2019”, disse Bristot.
O meteorologista alerta para o déficit detectado para o setor leste do Nordeste, já que climatologicamente, o período de chuvas acaba no início de agosto e nos meses de junho e julho as chuvas foram abaixo do normal.
“A preocupação com esse comportamento nas chuvas no setor leste do Estado é com a recarga das lagoas que abastecem os municípios de Agreste e a população da Grande Natal, além da monocultura da cana de açúcar que predomina na região”, avaliou.
Confira o balanço das chuvas ocorridas de 01 de janeiro a 23 de julho de 2019