O prefeito de Caicó, Robson Batata, e o vereador Lobão Filho, presos em operação do Ministério Público na manhã desta terça-feira (14), garantem que são inocentes. Os dois, que estão custodiados em Natal, alegam que não tiveram acesso ao conteúdo da denúncia, mas afirmam que não praticaram atos criminosos.
Segundo a investigação do Ministério Público, Robson Batata recebeu recebia propina para garantir a continuidade de contratos de serviços de iluminação pública no município de Caicó, além de também ter tentado subornar vereadores do município, com o auxílio de Lobão Filho, para evitar a cassação em um processo que transcorre no Legislativo caicoense. O prefeito, que está detido no quartel do Comando Geral da PM, garante que vai provar a inocência.
“Eu não tive acesso às acusações, mas acredito que seja algum tipo de delação e que a gente vai mostrar toda a realidade. Eu fico muito tranquilo, porque já coloquei à disposição da Justiça, da polícia, do Ministério Público, meu sigilo bancário, meu sigilo telefônico, minhas contas, tudo com muita transparência. Fui bem tratado pela polícia, pelos promotores”, declarou o prefeito em entrevista à Intertv Cabugi.
Já o vereador Lobão, que está detido preventivamente em ala especial na Cadeia Pública de Natal, também afirma que é inocente. O advogado do parlamentar, Marx Hekder Fernandes, disse que aguarda para ter acesso ao processo e que vai buscar o relaxamento da prisão.
“Falei com ele de manhã cedo, quando a operação começou e o meu cliente estava tranquilo, porque não tem nada a temer. Foi presidente da Câmara de Vereadores de Caicó e está em seu quinto mandato como vereador e não existe nada contra ele”, disse o advogado.
Além do prefeito e do vereador, que estão detidos preventivamente, também está preso em Natal o lobista Edivaldo Pessoa de Farias, suspeito de fazer a intermediação entre o prefeito Robson Batata e os empresários que participavam do esquema criminoso – que fizeram delação sobre o caso. O lobista, no entanto, teve decretada contra ele a prisão temporária com validade de cinco dias e ficará custodiado no CDP de Candelária.
G1