O porta-voz da Presidência da República, Otávio Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira (29) que a decisão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) é, por enquanto, manter o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) sob a responsabilidade do Ministério da Justiça.
No domingo (28), o presidente disse que há negociações para que a estrutura de controle volte para o Ministério da Fazenda, uma reivindicação de congressistas para aprovar a medida provisória da reestruturação do governo, que caduca no início de junho.
“O senhor presidente pediu para confirmar que, do ponto de vista pessoal dele neste momento, o Coaf permanece sob a égide do Ministério da Justiça”, disse o porta-voz. “Estudos prosseguem no sentido de analisar se esta decisão inicial do nosso presidente deve ser referendada ou eventualmente retificada”, acrescentou.
Barros avaliou que, por conta da “exiguidade do tempo”, é necessário que a medida provisória seja aprovada “o mais pronto possível”. Se Bolsonaro não conseguir apoio parlamentar para aprová-la, terá que retomar o formato de governo que herdou de Michel Temer.
Na quinta-feira (25), Bolsonaro já havia dito que não se opunha em fazer a mudança do Coaf em troca do apoio de congressistas à medida provisória. A iniciativa, entre outras alterações, reduziu de de 29 para 22 o tal de pastas na Esplanada dos Ministérios.