O país tem que ser modernizado e há investidores, lá fora, esperando que a reforma da Previdência seja aprovada para investir aqui, diz Paulo Camargo, presidente do McDonald’s no Brasil.
O executivo estima que, se passar a reforma, cada setor vai reagir de uma forma.
“O governo foi eleito. Gostando ou não gostando, é o nosso governo (…) A gente tem que torcer para dar tudo certo”, afirma.
Como está observando o cenário atual no Brasil?
Tem que falar de reforma da Previdência. Polêmica, mas necessária. Para hoje e para amanhã, para um Brasil melhor.
Polêmica por quê?
Por que tem muita coisa para ser discutida, debatida pelo Congresso. Eles é que têm que resolver isso.
O que falta ser ajustado?
Não é minha especialidade. Mas acho que tem que ser buscar um meio termo. Definitivamente, as regras têm que ser mudadas. As regras atuais aumentam um abismo social. Quem puder pagar mais tem que pagar mais, e assim por diante.
Depois que a reforma acontecer, o que se pode esperar dos empresários, de fato?
Se a reforma não acontece, o Brasil está quebrado. É uma condição matemática. Tem que ser resolvido.
Pode-se esperar promessa de empregos, de novas lojas?
Eu diria diferente. Sem dúvida, se o Brasil está quebrado, qualquer coisa que seja feita em termos de reforma vai melhorar o ambiente e a confiança dos investidores, inclusive os que estão lá fora esperando uma aprovação de uma reforma para investir neste país. Agora, acho que cada setor vai reagir de uma forma. Não é só isso. Tem outras reformas necessárias. O país tem que ser modernizado. Esse é o meu ponto de vista. E acho que é o ponto de vista que deveria ter todo brasileiro.
Observando os cem dias, esse governo tem ambiente e capacidade de passar essa reforma tão necessária?
O governo foi eleito. Gostando ou não gostando, é o nosso governo. Está com cem dias de governo. Assim como outros governos foram eleitos e tiveram chance de governar, ele tem que ter oportunidade de governar. Por enquanto, criticar não vai ajudar. A gente tem que torcer para dar tudo certo.
Leia a coluna na íntegra aqui.
Com Igor Utsumi e Paula Soprana
“O governo foi eleito. Gostando ou não gostando, é o nosso governo (…) A gente tem que torcer para dar tudo certo”, afirma.