O WhatsApp foi comprado pelo dono do Facebook em 2014 por quase US$ 22 bilhões, mas até hoje a empresa não conseguiu encontrar uma boa forma de lucrar com isso. Mas parece que isso pode mudar.
O serviço de mensagens, que já tem 1,5 bilhão de usuários em todo o mundo, agora vai usar a sua versão de negócios para gerar receita.
As empresas que usarem o WhatsApp Business, que tem mais de 3 milhões de usuários ativos, serão cobradas se demorarem para responder ao cliente. Em entrevista ao UOL Tecnologia no mês passado, a empresa já havia sinalizado os esforços em tornar a versão para negócios uma saída importante para gerar receita.
Segundo o Facebook, a nova versão do WhatsApp Business é voltada para empresas de médio e grande porte. Os pequenos negócios que já utilizavam o serviço não serão impactados pela cobrança e poderão fazer tudo de graça.
Na prática, as grandes empresas vão poder tirar dúvidas, responder comentários, dar informações sobre cobranças, entregas, etc. O prazo máximo para responder gratuitamente é de até 24h. Depois disso, elas serão cobradas.
A cobrança de cada mensagem tardia vai variar de 0,5 centavo a 9 centavos de dólar, dependendo do país, segundo informações da Reuters.
E uma coisa importante: a empresa só poderá entrar em contato com os usuários que já tenham iniciado uma conversa com a empresa ou que tenham pedido para receber informações via WhatsApp.
O Facebook informou que a novidade começou a ser testada há meses e atualmente ele trabalha com 90 empresas, entre elas Uber, Wish e a companhia aérea Singapura Airlines.
Anúncios integrados entre WhatsApp e Facebook
A empresa também informou que anúncios pagos integrados ao WhatsApp começarão a aparecer na linha do tempo dos usuários do Facebook.
As empresas que desejarem poderão comprar a publicidade na rede social e o sistema vai direcionar cada usuário interessado para uma conversa direta com a companhia por meio do WhatsApp Business.
Outras formas de ganhar dinheiro
Durante encontro com jornalistas no mês passado, Carl Woog, chefe de comunicações do aplicativo, destacou que a divulgação de notícias, especialmente as verificadas, também podem ser usadas para gerar receita.
“O jeito como estamos construindo-o hoje poderá ser usado para distribuir conteúdo jornalístico, e inclusive poderá ser usado em iniciativas como Comprova [pool de veículos de mídia comprometidos com a checagem de fatos, do qual UOL faz parte]. Por enquanto ainda estamos em fase de testes, mas no futuro esperamos poder usá-lo assim”, afirmou.
Outra opção seria o WhatsApp incluir anúncios pagos em seu Status. (Sabe os Stories do Instagram? Talvez bem parecido).
O Facebook destaca que 450 milhões de contas do WhatsApp utilizam o Status do serviço todos os dias. Logo, poderia ser uma boa forma de conseguir dinheiro — só não sei se isso seria interessante para os usuários.
Ao site TechCrunch, um porta voz do WhatApp informou que a empresa planeja adicionar as propagandas a partir de 2019. “Vamos avançar de forma lenta e cuidadosa e fornecer mais detalhes antes de colocarmos os anúncios em status”, afirmou.
UOL TECNOLOGIA