Você sabe quem foram os personagens que dão nome às praças de Natal?

Se você morou, mora ou conhece muito bem Natal, com certeza já passou por pelo menos uma das tradicionais praças espalhadas no Centro Histórico da cidade e em bairros comerciais como Alecrim e Petrópolis. Mas você sabe quem são os personagens históricos que dão nome a esses equipamentos públicos? O G1 preparou um quiz para testar seus conhecimentos sobre a história local.

Quem foi Pedro Velho, que é o nome oficial da Praça Cívica?

Médico, jornalista, professor do Atheneu Norte-rio-grandense e abolicionista, o potiguar Pedro Velho de Albuquerque Maranhão foi quem proclamou a República no Rio Grande do Norte e se tornou o primeiro governador do estado, em novembro de 1889. Naquele mesmo ano, ele havia fundado o partido Republicano no estado e fez circular pela primeira vez o jornal A República. O primeiro mandato à frente do governo foi curto, de 17 de novembro a 6 de dezembro. Mas ele assumiu o cargo outras duas vezes. Também foi deputado e senador e criou o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. Pedro Velho é patrono da cadeira 15 da Academia Norte-Riograndense de Letras.
Quem foi Aristófanes Fernandes, que dá nome à praça também conhecida como Praça das Flores?

Nascido em Santana do Matos no dia 5 de março de 1911, Aristófanes Fernandes e Silva foi prefeito duas vezes de sua cidade natal. Em 1947, foi eleito deputado à Assembleia Constituinte do RN e foi um dos signatários da constituição estadual de 25 de novembro daquele mesmo ano. Voltou a ser eleito deputado estadual em 1955 e elegeu-se deputado federal em outubro 1962. Exerceu o mandato de 1963 a 1965, quando morreu, no Rio de Janeiro, então capital do país.
Quem foi Augusto Severo, homenageado no Largo do Teatro Alberto Maranhão, na Ribeira?

Irmão de Pedro Velho, que também vemos nessa lista, o inventor Augusto Severo de Albuquerque Maranhão nasceu em 1864 e, apesar de também ter se dedicado à política, se tornou mais famoso pela paixão aos seus projetos aeronáuticos. Em meio ao trabalho nas invenções, ensinou matemática e atuou no comércio, até que deixou o mercado para atuar como parlamentar. Primeiro foi eleito em 1892 para o Congresso Constitucional do Estado e, no ano seguinte, chegou à Câmara Federal, substituindo Pedro Velho. Em 1982, Augusto Maranhão mandou fazer o dirigível Bartholomeu de Gusmão, projetado por ele, na Europa. A aeronave chegou ao Brasil no ano seguinte, mas foi destruída em 1964, ainda durante fase de testes, em um incêndio no hangar onde estava guardada, no Rio de Janeiro. A aeronave já tinha levantado voo, mas sempre com amarras no solo. Em 1901, Severo se licenciou da Câmara para viajar à França, onde se dedicaria à construção de um novo dirigível, o Pax, inflado a hidrogênio. Ele queria concorrer ao Prêmio Deutsch, que premiaria com 100.000 francos aquele que fizesse um voo comprovadamente dirigido. No dia 12 de maio de 1902, o Pax decolou às 5h30, e atingiu cerca de 400 metros de altitude. Porém, cerca de dez minutos após o início do voo, a aeronave explodiu, matando Severo e o mecânico de bordo francês que o acompanhava. Os restos do dirigível caíram na Avenida du Maine, em Paris.
Quem foi Gentil Ferreira, que dá nome à praça também conhecida como Praça do Relógio, no Alecrim?

Nascido em 1901 em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, o engenheiro e professor Gentil Ferreira era de uma tradicional família de políticos do estado e foi por três vezes prefeito da capital potiguar. À frente da gestão pública, inaugurou o Mercado Publico da cidade e o do Alecrim, remodelou o cemitério, construiu a Praça Pedro Velho e alargou a avenida Junqueira Aires, entre outras obras na cidade.
Quem foi André de Albuquerque, que dá nome ao espaço também conhecido como Praça Vermelha?

André de Albuquerque Maranhão foi o chefe, no Rio Grande do Norte, da Revolução de 1817 – conhecida como Revolução Pernambucana ou Revolução dos Padres, que visava a emancipação da região do Brasil Colonial. Era grande proprietário rural, cavaleiro da Casa Real, senhor de Cunhaú e coronel comandante da Divisão do Sul. Na manhã de 28 de março de 1817, André, com sua tropa, parentes e oficiais, fez uma entrada solene na capital e, no dia seguinte, convocou pessoas conhecidas, religiosas e constituiu o seu governo. Dias depois, teve sua sala de despachos invadida pelos contrarevolucionários, tentou reagir e acabou ferido. Foi levado preso para a Fortaleza dos Reis Magos e acabou morrendo ali.