Cerca de R$ 72,5 milhões foram gastos na construção do Terminal de Passageiros do Porto de Natal; local nunca recebeu passageiros
Desde 2014, o espaço que lembra um aeroporto, é subutilizado. As áreas comerciais estão inoperantes, aguardando uma definição da Secretaria de Portos da Presidência da República para a abertura de licitação e assinatura de contratos com empresários dos ramos comercial e de alimentos e bebidas. O processo para tal fim se arrasta desde 2014.
A área a ser arrendada está no segundo piso do Terminal de Passageiros, com espaços para a instalação de lojas, quiosques, bares e restaurantes, mas dependem da conclusão da avaliação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) e Tribunal de Contas da União (TCU). A ideia é um setor de uso social, sendo separada da área alfandegada que já funciona com estandes da Receita Federal e a Vigilância Sanitária, além de espaços para abrigar a Polícia Federal e o Ministério da Agricultura.
Conforme dados do Anuário Estatístico de Turismo 2018 – Ano Base 2017 do Ministério do Turismo, nenhum passageiro chegou ao Rio Grande do Norte via marítima nos meses de janeiro, junho, setembro e outubro do ano passado. Do total de entradas em 2017 – 444 – a maior parte delas se concentrou em novembro, com 416 visitantes atracando no porto local. Em 2016, o quantitativo de turistas que entraram no estado via marítima foi de 1.205 pessoas. “Nós temos que desenvolver mais o turismo náutico. Temos buscado investidores para fomentar esse setor com a instalação de marinas, mas existem questões ambientais que dificultam isso”, afirma o secretário de Estado do Turismo, Manoel Gaspar.
TRIBUNA DO NORTE