A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), comemorou nesta sexta-feira, 17, a redução das mortes diárias causadas pela Covid-19 no estado, mas pediu cautela para evitar uma segunda onda da pandemia. Segundo a governadora, a redução da média de mortes por dia nesta semana foi de 45%, comparado com a média de duas semanas atrás. No entanto, alertou a governadora, “a pandemia não foi embora porque ainda não temos vacina. É preciso que todos os cuidados continuem sendo tomados para não haver uma segunda onda”, disse. Membro do comitê científico, Ricardo Valentim disse que não é momento para desativar leitos.
Nesta sexta-feira, o Rio Grande do Norte chegou a 41.303 infectados pelo novo coronavírus e 1.526 mortes, 28 mortes a mais que o registrado no último boletim epidemiológico, sendo 10 destas ocorridas nas últimas 24 horas. Em relação aos infectados, o registro no período de 24 horas é de menos de 400 casos. Outras 214 mortes permanecem em investigação e 53.748 pessoas são suspeitas de estarem com a Covid-19.
Para o governo estadual, para os números continuarem em baixa é preciso a manutenção das medidas de distanciamento. Antes da governadora, o pesquisador Ricardo Valentim, membro do comitê técnico-científico da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), citou que as duas primeiras semanas de reabertura não causaram um impacto de aumento dos casos porque o distanciamento social foi mantido e o número de novos casos também se estabeleceu. “Mas para continuarmos assim é necessário que todas as pessoas continuem muito atentas a todas as medidas”, disse Valentim.
A governadora pediu para os “empresários e a sociedade” manterem “o cumprimento do seu papel de obedecerem os protocolos sanitários em curso, no que diz respeito ao distanciamento, as medidas de higienização”. “Que só saíamos de casa para o que for estritamente necessário e com todos os cuidados, como o uso da máscara e higienização, distanciamento nos estabelecimentos”, disse.
Assim como no início da semana, a ocupação dos leitos críticos da rede pública de saúde está em torno de 84,8%. São 235 leitos ocupados e outros 42 vagos. E ainda há 16 leitos bloqueados que podem, caso sejam liberados, fazer a ocupação cair para 80,2%. Na fila de espera por um leito crítico, há três pacientes. “Essa situação é muito diferente da situação que vivíamos no início de junho, quando chegamos a ter quase 100 pacientes na fila de espera por um leito e apenas 10 leitos disponíveis”, declarou Ricardo Valentim.
Nas regiões de saúde, a maior taxa de ocupação é na Grande Natal, com 93,8% dos leitos ocupados. No Oeste, a taxa é de 83,1%, e no Alto Oeste e Seridó, 50%.