Superjumbo é usado em voos baratos após operar no Mediterrâneo

(Bloomberg) — Um superjumbo de segunda mão da Airbus operará para a Norwegian Air Shuttle neste mês, dando a um modelo antes visto como símbolo do luxo um primeiro contato com viagens de baixo custo.

O A380 foi recrutado para operar entre o Aeroporto de Londres Gatwick e o hub John F. Kennedy, em Nova York, após a retirada temporária de alguns Boeing 787 da frota da Norwegian, segundo um porta-voz da empresa aérea.

A viagem transatlântica se dá após a utilização do avião double-decker pelo braço escandinavo da Thomas Cook Group, nesta semana, para transportar turistas de Copenhague a Chipre e de Oslo a Mallorca para ajudar a enfrentar a escassez de aviões. A Singapore Airlines deixou de utilizar o jato após uma década em operação e este é o primeiro A380 usado a encontrar nova função.

A Norwegian planeja operar o maior avião de passageiros do mundo por diversas semanas depois de tirar jatos 787 Dreamliner de operação para manutenção com o objetivo de resolver defeitos em seus motores Rolls-Royce.

“Estamos felizes por poder oferecer esta solução aos nossos clientes para garantir que suas viagens não sejam afetadas”, disse o porta-voz. A Norwegian é pioneira em voos de longa distância de baixo custo e aproveitou a eficiência de combustível do 787 para praticar preços menores que os das concorrentes, mas acumulou dívidas e virou alvo de aquisição da IAG, proprietária da British Airways.

A locação do A380 de 471 lugares, registro 9H-MIP, é oferecida pela firma especializada em afretamentos Hi Fly, de Portugal, que tem o avião sob contrato por seis anos.

A Thomas Cook informou os passageiros assustados a respeito do gigantesco avião antes do embarque e alguns passageiros foram alocados em cabines de primeira classe e de classe executiva, mas sem as refeições elaboradas que antes acompanhavam os lugares de luxo. Primeiro superjumbo a visitar Larnaca, em Chipre, o avião também gerou alvoroço ao pousar, momento em que os presentes disputaram espaço para tirar “selfies”.

O CEO da Hi Fly, Paulo Mirpuri, disse em julho que a empresa está fechando acordo com um cliente que utilizará o avião a longo prazo.

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