Pescado tem aumento de preço

Faltando três dias para a sexta-feira da paixão, consumidores procuram pescados frescos no Mercado do Peixe, um dos principais locais de venda do produto, no bairro das Rocas, zona Leste de Natal. No local, os comerciantes estão otimistas com as vendas nesses últimos dias antes da data. Segundo o Procon, o preço médio dos peixes em toda Natal está um pouco acima do que o registrado no ano passado. Os preços variam de acordo com o peixe, indo R$ 11,84 pelo quilo da “Cavalinha”, tipo mais popular, a R$ 73,04 o quilo do “Bacalhau Imperial do Porto”.

Para levantar os preços dos peixes em Natal e orientar os consumidores, a pesquisa do Procon analisou 18 tipos de peixe, comercializados em posta, inteiro e cortado em filé, em 21 locais de Natal, entre hipermercados, supermercados, mercadinhos e o Mercado do Peixe, no Canto do Mangue. Ao todo, 11 dos 18 tipos de peixe pesquisados aumentaram de preço de um ano para o outro.

O file de tilápia teve a maior variação no período. O preço médio encontrado este ano foi de R$ 47,73. No ano passado, o valor chegou a R$ 37,76. Já a maior redução identificada foi no filé de Serra, caindo de R$ 31,79 para R$ 23,89. A Cioba, um dos peixes mais procurados todos os anos pelos consumidores, manteve o quilo na faixa de R$ 40,71.

A expectativa dos comerciantes do Mercado do Peixe é de que as vendas se intensifiquem nesta terça e quarta-feira da Semana Santa, como ocorre todos os anos. Nesse período, a movimentação de vendas chega a ser em torno de duas toneladas de pescado em cinco dias, por cada comerciante. Segundo Zanato da Silva, peixeiro há anos no Mercado do Peixe, a maioria dos clientes deixa para comprar na última hora. “Isso já é esperado, todos os anos. Terça e quarta são os dias movimentados”, afirmou, na manhã desta segunda-feira, 15.

O pesquisador do Procon, Alessandro Marques, faz a mesma avaliação de Zanato. Segundo ele, a tendência dos preços dos peixes é aumentar até a sexta-feira. O contrário acontece com os ovos de pascoa, que costumam cair à medida que a data se aproxima. “O importante é o consumidor ficar atento nos locais com menor e maior preço porque existe uma variação muito grande nesses dias”, afirma.

A busca por peixes frescos fez Rubens Rogério, 47 anos, e o seu sogro, José Macário Ribeiro, 82 anos, irem nesta segunda-feira ao Mercado do Peixe. “Aqui o peixe é mais fresco. O meu sogro prefere isso. Ele conhece aqui já faz muito tempo e tem a confiança aqui no Mercado”, afirmou.

O Mercado do Peixe foi inaugurado em 2007 e desde então recebeu reformas para melhorias e ampliação. O centro comercial, que conta com 22 boxes, sendo 16 de venda exclusiva de peixes e outros frutos do mar, aguarda receber maior demanda de clientes à medida em que se aproxima a sexta-feira santa.

Semana Santa
Durante os preparativos para as celebrações da Semana Santa, o Procon Natal recomenda que os consumidores fiquem atentos à qualidade, aparência, cheiro, cor e consistência dos pescados ao realizar a compra, além de realizar as pesquisas de preço. Comer peixe na Semana Santa é uma tradição secular ainda hoje mantida pelos cristãos de todo o mundo.

De acordo com historiadores, durante 500 anos, no período da Quaresma, era seguido à risca o preceito do Vaticano de não se comer carne na quarta-feira de Cinzas e em nenhuma sexta-feira nos 40 dias até a Páscoa. Com o passar do tempo, a penitência foi abrandada. Atualmente a Igreja Católica evita a palavra proibição e aconselha a abstinência de carne vermelha como gesto de conversão apenas na Semana Santa.
Mercado do peixe
6h às 17h, de segunda a sábado

6h às 12h domingo

Preço médio do quilo
Cioba R$ 36,55 (inteiro) e R$ 40,71 (posta)

Arabaiana R$ 41,99 (posta)

Camarão cinza R$ 38,54 (médio)

Tilapia R$ 47,73 (filé)

Meca R$ 31,52 (posta)

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