O desespero de Carlos Eduardo para vencer faz esquecer o passado e o faz campeão de oportunismo

Carlos Eduardo Alves foi um político que sempre criticou o oportunismo e, agora, só conta com o oportunismo que ele sempre criticou. O oportunismo bateu na porta e entrou na sala do pedetista que tenta agora criar um vínculo à imagem de Jair Bolsonaro com uma declaração de apoio para tentar ser governador do Rio Grande do Norte.

Devido a derrota estratosférica que o palanque dele teve nas eleições: com os dois candidatos a senador não sendo eleitos; com a coligação elegendo apenas um deputado federal, deixando de fora nomes como José Agripino e Beto Rosado; e com ele mesmo sendo derrotado em Mossoró, onde a mãe do vice Kadu Ciarlini, Rosalba Ciarlini, é prefeita, Carlos agora corre para se abraçar em um apoio como estratégia de sobrevivência política. E, na melhor forma do oportunismo político, declara apoio a Jair Bolsonaro.

O oportunismo passou a ser a luz no fim do túnel para Carlos Eduardo. A estratégia da campanha dele é todo mundo do palanque dele anunciar apoio ao capitão para tentar trazer o que ele não tem hoje: os votos necessários para passar Fátima Bezerra no segundo turno. Isso, incluindo pessoas que, até poucos dias atrás, faziam duras críticas contra Jair Bolsonaro e contra o estilo dele de ser.

Mas não basta declarar o apoio a Bolsonaro. Ele agora critica o PT que despejou tantos milhões em suas administrações aqui, inclusive para o chamado “Legado da Copa”. O mesmo PT que ele apoiou e que agora critica de forma oportunista. Vale lembrar que Carlos Eduardo apoiou Lula e Dilma em eleições passadas para presidente, foi parceiro do PT durante sua gestão e se elegeu prefeito de Natal com o apoio do PT. Acha que o povo esqueceu? Oportunismo pouco é bobagem, mas o povo não se esquece. Aliás, o povo está de olho e vendo muito bem. O recado já foi dado no primeiro turno.

Nesse segundo turno, Carlos Eduardo não recebeu um apoio sequer e anda desesperadamente buscando apoios políticos até de adversários. Por outro lado, a campanha de Fátima tem conquistado apoios quase que diariamente nesse segundo turno.

O dicionário Aurélio défine como sinônimo de oportunismo: comportamento de quem pauta sua conduta segundo as circunstâncias, de quem subordina seus princípios a interesses momentâneos.

O dicionário Aurélio défine como sinônimo de desespero: estado de desânimo, de sofrimento a que se sujeita uma pessoa devido a um excesso de dificuldades e de aflições; aflição, angústia, exasperação.

Será que as urnas do último domingo não ensinaram aos políticos potiguares que essas atitudes estão sendo rechaçadas?

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