Em carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro, o grupo de comunicação social “Dial Natal” sugere que a Presidência da República convide, oficialmente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a visitar Natal durante homenagem marcada para 28 de janeiro de 2020 à “Conferência do Potengi”, ocorrida nessa mesma data em 1943 e que selou acordo entre os EUA e Brasil para instalação da base aérea em Parnamirim, na 2ª Guerra Mundial.
O presidente do grupo “Dial Natal”, Felinto Rodrigues Neto, informa que a ideia é tornar a “Conferência do Potengi”, que há 77 anos reuniu, na capital do Rio Grande do Norte, os presidentes dos dois países, Franklin Roosevelt (EUA) e Getúlio Vargas (Brasil), um evento anual e incorporado ao calendário turístico nacional do Ministério do Turismo.
Na carta entregue a Bolsonaro por intermédio do norteriograndense e ex-deputado Rogério Marinho, que atualmente é o secretário especial da Previdência, Felinto Rodrigues diz que “não se pode negar a importância fundamental para a vitória aliada dos dois locais”: a praia de Omaha, na Normandia, costa da França e a cidade de de Natal, que na época compreendia o município de Parnamirim, que ficou conhecida como “Trampolim da Vitória”.
Rodrigues lembra, na carta, que “no chamado dia “D” morreram combatentes na Normandia, enquanto em Natal evitaram-se catástrofes para o futuro da humanidade”, pois Adolf Hitler, o ditador alemão, “já projetara invasão dessa cidade, como meio de montar “trampolim de apoio, em projetado ataque maciço ao Canal do Panamá”.
Segundo Felinto, a “Conferência do Potengi” viabilizou, portanto, o apoio estratégico aos aviões militares, que dia e noite pousavam e decolavam, transportando suprimentos para as frentes aliadas no norte da África. Natal foi transformada na maior base da força aérea americana, em território estrangeiro, com efetivo permanente de mais de 15 mil soldados.
Para Felinto, os fatos históricos justificam, por si só, que a semelhança de eventos que ocorrem há anos na Normandia, Paris e Moscou, rememorativos da 2ª Grande Guerra, que seja instituída homenagem à “Conferência do Potengi”, que consistiria no encontro dos presidentes de Brasil e EUA, resgatando a memória de 28 de janeiro de 1943, ocasião em que os mandatários dos dois países se reuniram a bordo de um “destroyer” americano, atracado na “rampa” do rio Potengi, no bairro das Rocas, em Natal.
Rodrigues opina que o encontro de Roosevelt e Vargas em Natal tem um “significado histórico extraordinário”, vez que o presidente de uma potência econômica “vir até aqui é porque tínhamos uma relevância no contexto mundial”.
Na opinião dele, precisa-se fazer um esforço, até porque se tiver a dimensão que imagina, não vai se gastar nada, “vai se apenas colocar em relevo o que foi feito aqui no Rio Grande do Norte”.
Segundo ele, essa proposta vai ser levada, ainda, aos prefeitos de Parnamirim e Natal, Rosano Taveira e Álvaro Dias, bem como da governadora Fátima Bezerra, no sentido de prestar apoio ao evento, além de conseguir adesão das Câmaras de vereadores das duas cidades e da Assembleia Legislativa.
Felinto Rodrigues ressalta que “esse fato só vai ajudar e pode nos colocar na rota do turismo americano”, ainda mais depois que caiu, por exemplo, a exigência de visto para turista oriundo dos EUA.