A Superintendência Regional do Dnit, no Rio Grande do Norte, decretou situação de emergência face ao estado de deterioração de parte da estrutura da Ponte de Igapó, sobre o rio Potengi, que interliga a região Norte de Natal às demais áreas da capital. O Ato nº 1, de 1º de março, foi publicado na edição desta sexta-feira (8) do Diário Oficial da União. Os técnicos do órgão, no entanto, afastam qualquer possibilidade de a estrutura cair em função da deterioração atual do concreto.
O Dnit-RN considerou laudo do setor de engenharia do órgão federal quanto à estrutura localizada na BR 101. A publicação destaca quais pontos demandam intervenção: “em razão do comprometimento estrutural de alguns peças estruturais, Ponte do Lado Direito (LD – sentido crescente) quais sejam: Pilares P3, P4, P5, P6, P7, P8, P9, P10, P11, P15 e P16; e trechos de 1,00 metro das vigas longitudinais entre os pilares P3 e P4, entre os pilares P4 e P5 e entre o pilar P16 e o Encontro E2; Ponte do Lado Esquerdo (LE – sentido decrescente) quais sejam: trechos de 2,00m das vigas longitudinais de extremidade do tabuleiro ferroviário, nos pontos próximos aos apoios entre os pilares P9 e P10, entre os pilares P10 e P11, entre os pilares P11 e P12, entre os pilares P12 e P13 e entre os pilares P13 e P14”.
A Superintendência Regional do Dnit disse, em fevereiro deste ano, que está em curso o estudo de adequação do projeto e a realização do orçamento para a obra de intervenções necessárias. A publicação da “situação de emergência” deve desburocratizar o trâmite para contratações e realização das obras.
Uma inspeção visual do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Norte (Crea/RN), em maio de 2018, constatou uma série de anomalias na Ponte do Potengi, conhecida popularmente como ponte de Igapó. Os problemas estruturais se referem aos dezesseis pilares da base da ponte, que têm exposição da armadura e degradação por falta de manutenção.
A ponte de Igapó, que recebe um fluxo diário de aproximadamente 26 mil veículos, e teve sua abertura para fluxo na década de 1970, passou por uma última manutenção na década de 1990.
Apesar da publicação, não há qualquer referência sobre risco iminente à estrutura da ponte, ou que demande ações como interdição.
Tribuna do Norte