Comum em regiões frias, aspargo é produzido há 10 anos no semiárido potiguar

De relance, a folhagem parece de uma horta de cenouras. Mas a imagem é deu uma plantação de aspargos, em pleno semiárido potiguar. Considerada a hotaliça mais nobre do mundo, a planta é mais comum em países que contam com baixas temperaturas no inverno. Mas a ousadia de produtores nordestinos vem dando certo. Em uma fazenda de Tibau, na região Oeste, a plantação ocupa mais de 100 hectares.

“O ideal é que fosse uma temperatura entre 25 e 30 graus durante o dia e À noite fosse frio, mas aqui a gente não tem essa amplitude térmica. Por isso a gente está partindo para variedades que são mais adaptadas ao clima tropical”, diz o agrônomo Jefferson Dantas.

De acordo com ele, o aspargo é mais cultivado em países como Chile, Peru e México, que registram temperaturas ideais para essa planta no inverno. Mesmo assim, com o uso de variedades mais adaptáveis, a produção tem dado certo no estado, há 10 anos.

A plantação é feita por meio de mudas plantadas em um espaçamento de 20 centímetros. Elas levam 15 meses até passarem pela primeira colheita.

Para colher os aspargos, cerca de 30 dias antes da colheita é preciso dar um choque na planta. Cortam-se os suprimentos e a parte de cima da planta murcha. Isso acontece porque as gemas, que ficam embaixo da terra, vão se alimentar desses nutrientes. E é aí que começam a sair da terra os turiões – os aspargos – que vão parar na mesa do consumidor.

Aspargos são plantados no semiárido potiguar  (Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca)

Aspargos são plantados no semiárido potiguar 

Três semanas atrás, a área que agora está verde estava com as plantas murchas, para a colheita dos aspargos. Foi só dar água e adubo que os aspargo cresceu. Em três meses e uma semana, já haverá outra colheita. A planta perene vive cerca de 25 anos e vai se renovando a cada quatro meses.

“Dependendo da temperatura do dia e da noite ele cresce até 25 centímetros. Então o ideal é que se faça três colheitas ao longo do dia. Uma logo cedo da manhã, entre 5h e 6h, que foi o que cresceu à noite, outro entre 9h e 10h, que é o intermediário, e outro à tarde”, explica Jefferson Dantas.

Depois de colhido, ele é vendido já ensacado, em maços de 200 gramas. O quilo chega a custar entre R$ 25 e R$ 30 reais. Além de ser apreciado pela alta gastronomia, o aspargo também tem benefícios para saúde, segundo a nutricionista Wigna Franco.

“Ele é rico em vitamina B9, em vitamina C, vitamina A, vitamina E, previne o envelhecimento da pele, porque é antoxidante, e é diurético”, ressalta.

Versatilidade

Versatilidade é característica do aspargo, segundo chef de cozinha  (Foto: Reprodução/Inter TV Costa Branca)

Versatilidade é característica do aspargo, segundo chef de cozinha O chef Thiago Chagas prepara pratos com aspargos. É o caso do filé mignon com molho madeira, purê de jerimum e batata doce, com aspargos, e um filé de peito de peru com molho de açafrão e aspargos.

“Ele é suave, o sabor dele é gostoso, não é muito forte, tem uma boa aceitação”, comenta o chef, explicando que o produto é versátil, combina com saladas e pode até ser assado na brasa junto com o churrasco.

g1/rn

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