Após protesto, reajuste de taxas é adiado e Ceasa retoma atividades

A Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa) retomou as atividades normalmente no início da tarde desta quarta-feira (17). Após reunião entre os permissionários e representantes do Governo do Estado, ficou acordada a suspensão do reajuste nas taxas de condomínio, que chegavam a 130% e seria cobradas a partir do dia 18 de julho. Agora, porém, o reajuste ocorrerá em agosto e virá com benefícios para os profissionais. O acordo ainda não é definitivo e será discutido.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Permissionários da Ceasa, Alan Dantas, o Governo ouviu as reivindicações dos comerciantes e disse que, no mês de agosto, haverá o reajuste junto com a justificativa para o aumento nas taxas de condomínio.

“Temos que agradecer à população do Rio Grande do Norte, que entendeu a nossa luta e a nossa situação”, disse Alan Dantas.

Segundo a Controladoria Geral do Estado, haverá uma nova rodada de negociações entre o Governo e permissionários às 14h da quinta-feira (18). O ponto central da reunião desta quarta-feira foi para o adiamento do aumento na cobrança da taxa de condomínio, que seria em julho e ocorrerá em agosto.
O Governo explicou que não houve reajuste no valor do aluguel, mas que a taxa de condomínio por m² saltou de R$ 3,31 para R$ 7,79. Contudo,  valor ficará em R$ 7,26 até que as câmeras de segurança sejam implantadas no local.

Desabastecimento

A manifestação dos permissionários da Ceasa afetou diretamente a população que buscava produtos nos supermercados de Natal na manhã desta quarta-feira. Com o bloqueio para a saída de mercadoria, os proprietários de supermercados tiveram dificuldades para conseguir diversos gêneros perecíveis e, por isso, houve desabastecimento.

Segundo Geraldo Paiva, que representa supermercadistas de Natal, vários estabelecimentos estavam com dificuldade para garantir o abastecimento com produtos normalmente adquiridos junto aos comerciantes da Ceasa, principalmente frutas e verduras. Havia o temor de uma situação ainda pior.

“Se a paralisação continuar amanhã, os supermercados vão ficar 100% desabastecidos com relação a esses itens”, alertou Geraldo Paiva, antes da decisão que suspendeu a paralisação da Ceasa.

Apesar das atividades terem sido retomadas, o prejuízo já foi confirmado. “Quem tem supermercados que vendem produtos perecíveis já está tendo um grande prejuízo, porque os carros com mercadorias estavam presos na Ceasa desde a madrugada. Esse é o meu caso, inclusive”, explicou o presidente da Associação dos Supermercados do RN (Assurn), Nelson Leiros.

Manifestação

Permissionários iniciaram protesto na madrugada desta quarta-feira (17), em frente à Central de Abastecimento do Rio Grande do Norte (Ceasa) na Av. Capitão Mor Gouveia. A manifestação teve início por volta de 1h e, segundo os manifestantes, cerca de 70% dos permissionários aderiram à paralisação. Por volta das 12h40 a manifestação foi encerrada.

Vários carros e caminhões que realizam entrega de mercadorias ficaram estacionados do lado de fora da Ceasa e ocupavam uma das pistas.

O diretor financeiro da Ceasa, Iwri Nascimento informou que em agosto deve haver melhorias e disse também que o reajuste foi feito a partir de um estudo de despesas em que o rateio não ocorria de maneira adequada.
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