Caso gerou debate por não ter causado tanta polêmica
Em meio a uma onda de agressões de cunho sexual na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, um repórter sul-coreano foi beijado ao vivo por duas mulheres.
O episódio ocorreu no dia 28 de junho, quando Jeon Gwang-ryeol, jornalista da emissora sul-coreana MBN, foi beijado duas vezes no rosto por fãs russas enquanto estava ao vivo. O repórter tentou rir, mas pareceu envergonhado após o incidente, que aconteceu dias depois de torcedores do sexo masculino terem sido criticados por beijar repórteres mulheres ao vivo.
O caso gerou um debate na rede social chinesa Weibo, considerada o Twitter do país asiático e onde usuários se perguntavam por que os beijos das mulheres russas não estavam sendo criticados do mesmo jeito que os dos homens.
“É um contraste muito forte com as notícias anteriores”, disse um internauta, relacionando o caso com os diversos episódios de assédio contra mulheres. “Por que isso não é assédio sexual?” perguntou outro, cujo comentário recebeu centenas de curtidas.
Outras pessoas disseram que o incidente mostra as desigualdades entre os sexos. Apesar de o beijo ter virado polêmica na China, o caso não chamou muita atenção no país natal do repórter, já que somente a MBN repercutiu o acontecido. Porém o beijo foi discutido por alguns sul-coreanos no Twitter.
“Independentemente do seu sexo, você é assediado sexualmente. Um jornalista da MBN foi à Rússia para cobrir a Copa do Mundo e foi sexualmente assediado por duas mulheres”, escreveu um usuário.
Nos últimos meses, casos de assédios sexuais vêm sendo amplamente debatidos no Weibo, com muitas pessoas acusando as autoridades de não levarem a sério os incidentes. O caso mais notório é o do grupo de brasileiros que cercou uma jovem e a fez repetir frases que remetiam a seu órgão sexual, sem que ela soubesse seu real significado.
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