O candidato à presidência Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (13) que a sua assessora parlamentar Walderice Santos da Conceição pediu demissão por conta da grande exposição que vina sofrendo. Segundo a Folha de S. Paulo, ela é uma “funcionária fantasma”, que ganha salário do gabinete do deputado, mas trabalha em uma barraca de açaí em Angra dos Reis.
“Tem dois cachorros lá e pra não morrer de vez em quando ela dá água pros cachorros lá, só isso. O crime dela é esse aí, é dar água pro cachorro”, disse ele a jornalistas sobre os serviços de Walderice, conhecida como Wal, em sua residência no litoral do Rio de Janeiro.
“Tenho aquela casa há 25 anos e contratei ela há uns 12 anos. Como de vez em quando estou lá, muita gente me procura e ela é encarregada de filtrar e passar pra mim, só isso”, disse. Segundo o site da Câmara dos Deputados, Walderice recebe atualmente um salário bruto de R$ 1.351,46.
“A Wal, coitada, sofreu pressão. Teve dignidade ela de pedir demissão. Fico até chateado porque ela precisa, pessoa pobre. Está comigo há mais de 10 anos”, afirmou. A matéria da Folha é de janeiro deste ano, mas na última quinta-feira (9), a história foi citada pelo candidato Guilherme Boulos em uma pergunta para Bolsonaro no debate da Band.
Quando revelou o caso, a Folha afirmou que Wal prestava serviços particulares na casa do candidato, mas que sua principal atividade era o comércio de açaí. Nesta segunda, o jornal publicou uma nova matéria, dizendo que a assessora parlamentar continuava vendendo seus produtos durante o expediente da Câmara.
O crime não é só dela, o que o parlamentar fez é crime de corrupção.