Anitta apresentou ao mundo nesta sexta (20/7) seus single e clipe novos, “Medicina”. O trabalho é resultado da união entre vários países: os compositores são venezuelanos, a cantora é brasileira e o diretor do clipe é colombiano. Em 1º lugar na lista “em alta” no Youtube, o vídeo já se aproxima das duas milhões de visualizações com poucas horas no ar. Ele é bonito, divertido e cheio de escolhas muito bem pensadas.
Direção
Anitta trabalhou com o diretor Harold Jiménez e a equipe da produtora 36 Grados – mesmo time por trás de “Machika”. Essa equipe já desenvolveu vários clipes de J Balvin, amigo da Anitta: “Ginza”, “Ay Vamos” e “Mi Gente”, por exemplo. Hit atrás de hit.
Conceito
Anitta quis mostrar que a música é algo sem fronteiras e que promove a união entre as culturas, independente do idioma. As gravações envolveram pessoas da Colômbia, Japão, Estados Unidos, África do Sul, Índia e Brasil – lugares escolhidos para as locações.
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Uma curiosidade: “Medicina” é o sexto single em espanhol da Anitta, considerando “Sí o No”, “Paradinha”, “Downtown”, “Machika” e “Indecente”. E o número de países escolhidos para as locações? Seis também.
Povo indígena
Para representar o Brasil no clipe, Anitta escolheu uma comunidade indígena. É a segunda vez que ela chama atenção mundial para uma causa brasileira. Em “Is That For Me”, ela botou os holofotes na Floresta da Amazônia. Além das batalhas por demarcação de territórios, indígenas atualmente enfrentam uma epidemia de sarampo na fronteira entre Brasil e Venezuela.
Periferia
Estreitando os laços com o reggaeton, Anitta decidiu valorizar a periferia colombiana no clipe novo – como fez com a favela do Vidigal em “Vai Malandra” no Brasil. O reggaeton, como o funk, é um gênero urbano que sofre preconceito da elite. Anitta, inclusive, comparou as locações colombianas com os bairros de Rocha Miranda e Curicica, do Rio de Janeiro. “Estou impressionada como a Colômbia parece o Brasil! Parecem o mesmo país. Está super parecendo o Rio. Estou no chão, me sentindo super em casa. Super igual”, ela disse no dia da gravação.
Crianças
Todo mundo notou que o clipe tem crianças… demais. Mas tem uma explicação para isso. “Elas representam a pureza e a tolerância”, diz Anitta.
Fumaça
Outro marco do clipe é a fumaça colorida que Anitta brinca em diferentes segmentos. Ela simboliza a “medicina” (remédio em espanhol). “É uma forma de representar a poção que voa pelo ar e chega a cada país, mudando as crianças e os enchendo de alegria. Foi um trabalho fascinante poder capturar a energia de cada país”, diz o diretor.
Peruca verde
Apesar do clipe ter tido cenas gravadas em todos esses territórios, Anitta fez a parte dela toda na Colômbia. E a peruca verde neon foi escolhida por Henrique Martins, que assina a beleza do clipe, quando viu as locações. “O cabelo verde entra como uma complementação de cores. É jovem e alegre como a música. Para o look amarelo, usei um cabelo longo com uma textura mais natural e sexy”, diz ele.
Figurinos
Foram todos escolhidos a dedo para representar o orgulho latino. “Quisemos trazer referências da mulher latina em todos os looks, mas não de uma forma tão óbvia. Optamos por algo mais urbano. Os tons são amarelo bem solar e lavanda intenso. Optamos também pela transparência que imprime bem a parte mais sexy da Anitta”, explica o stylist André Philipe. Já os figurinos das crianças são inspirados nas cores e culturas de cada país. “Na cena da Anitta com as crianças, quisemos mostrar a diversidade da América Latina. Para o continente Africano, por exemplo, usamos um vermelho quente, que combina com o chão terroso. Para as crianças das tribos indígenas, usamos tons de verde, que são o match natural”, detalha a diretora de styling Carolina Serra.
Rapidez
O clipe foi gravado ao longo de julho. Anitta filmou suas partes na Colômbia no dia 2 e a equipe seguiu viagem pelos outros países ao longo do mês. A edição final só ficou pronta no dia 18, dois dias antes da estreia!