O ditador Nicolás Maduro anunciou neste domingo (31) um plano de racionamento de energia na Venezuela que durará ao menos um mês.
“Aprovei um plano de 30 dias de um regime de administração de carga, de equilíbrio no processo de geração, de transmissão e de consumo [de energia] em todo o país, colocando ênfase em garantir o serviço de água”, disse Maduro.
O governo também anunciou a suspensão das aulas e atividades escolares e determinou que o expediente de trabalho deverá ser encerrado às 14h no setor público e nas empresas. O comunicado não informou até quando essa medida será mantida.
Acompanhado por ministros e pelo alto comando militar, Maduro transmitiu a mensagem em cadeia de rádio e TV, embora tenha reconhecido que muitos venezuelanos não poderiam vê-lo porque seguiam sem eletricidade na noite do domingo.
Maduro reiterou que as falhas teriam sido causadas pelo que chamou de ataques terroristas realizados a mando de países estrangeiros. “Estes são golpes de uma guerra elétrica para deixar o país louco”, afirmou Maduro.
O governo não detalhou como funcionará o racionamento, que entrou em vigor já no domingo (31), dia em que novos protestos contra os apagões foram realizados em Caracas. As manifestações foram reprimidas por milícias ligadas a Maduro, os chamados coletivos.
“Não existe tal racionamento. Simplesmente eles não têm como solucionar a crise: neste momento há cidades como Valência e muitas mais sem luz”, acusou nas redes sociais o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países.
O país enfrenta uma série de apagões elétricos desde o dia 7 de março, o que compromete o abastecimento de água, as comunicações e o comércio.