
No Disque 100, que tem diversos módulos, o dedicado à pessoa idosa revela que quem agride está próximo da vítima e geralmente dentro de casa como filhos/filhas são responsáveis por 52,38% das suspeitas de agressão, netos/netas (7,69%), genros/noras (4,80%), sobrinhos/sobrinhas (3,23%), irmãos/irmãs (2,97%), mesmo percentual para vizinho/vizinha, cuidador/a (1,52%), esposa (1,44%), marido (0,80%). Outras pessoas do convívio também estão entre os suspeitos.
O ranking das denúncias pelo Disque 100 é baseado na divisão entre o total de denúncias do estado e o resultado da divisão da População Idosa por cada 100 mil habitantes. Pelas estatísticas do serviços, RN, em 2011, foram feitas 324 denúncias sobre violência contra idosos alçando o estado ao segundo lugar entre as 27 unidades da federal no período.
Em números absolutos houve um aumento nas denúncias em 2012 (1.297) mas o estado ficou na 3ª colocação no ranking nacional, mesma posição ocupada em 2013 com as 1.297 ligações feitas. No ano de 2014, o RN também ficou em terceiro em razão das 860 denúncias; e em quarto por causa das 964 em 2015; voltou ao segundo lugar de 2016 (988) e 2017 (784); e permanece em segundo devido as 343 denúncias até agora em 2018.
Os principais tipos de violação Disque 100 a partir do RN são abuso financeiro e econômico, violência patrimonial, negligência, violência física, psicológica, institucional e sexual.
A violência psicológica se descobra em situações de hostilização e humilhação de 2011 a 2018, seguidas de chantagem, calúnia, injúria, difamação, infantilização, perseguição e outros. Na maioria dos casos a violação acontece na casa da vítima (75,87%) e 5,80%, na residência do suspeito. Nos abrigos, em 2,42%, hospitais (1,41%) e rua (1,53%).
O Disque 100 é um serviço do Ministério dos Direitos Humanos. Qualquer pessoa pode fazer a denúncia. É importante quem vai utilizar o serviço saber que sua identidade será mantida em sigilo quando solicitado pela pessoa denunciante.
As ligações para o Disque 100 podem ser feitas gratuitamente de telefones fixos e celulares, e funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. O Ministério dos Direitos Humanos considera o serviço um “pronto socorro” dos direitos humanos por atender a graves situações de violações que acabaram de ocorre ou estão em curso.
O serviço analisa e encaminha denúncias relacionadas a crianças e adolescentes, pessoa com deficiência, em situação de restrição de liberdade, população LGBT e em situação de rua, discriminação ética ou racial, tráfico de pessoas, trabalho escravo, terra e conflitos agrários, moradia e conflitos urbanos, violência contra ciganos, quilombolas, indígenas e outras comunidades tradicionais. Também atua sobre violência policial, violência contra comunicadores e jornalista e violência contra migrantes e refugiados.
Tribuna do Norte