O indiciamento do médico Denis César Furtado, conhecido como Dr. Bumbum, e de sua mãe, Maria de Fátima Furtado, pela morte da bancária Lilian Calixto após uma intervenção estética, não é o primeiro homicídio pelo qual os dois são suspeitos. De acordo com inquérito ao qual o G1 teve acesso com exclusividade, um detetive pediu o indiciamento da dupla pela morte do então companheiro dela, José Roberto Camillo Monteiro, em 1997.
Segundo fontes ouvidas pela equipe de reportagem, apesar dos indícios, a investigação não foi à frente. No Tribunal de Justiça do Estado do Rio, o processo consta como arquivado, a pedido do Ministério Público, em 4 de agosto de 2017, mais de 20 anos após o assassinato – prazo em que o crime prescreve.
O assassinato foi em 12 de março daquele ano, em uma casa no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. José Roberto foi achado com um tiro na cabeça, deitado na cama do quarto que dividia com Maria de Fátima.
Denis, na época com 24 anos, e um filho de José Roberto com outra mulher também moravam na residência.
No documento, o detetive policial José Carlos Faria da Costa constata contradições nos depoimentos de Denis e Maria de Fátima, e pede o indiciamento dos dois pelo homicídio. O texto é assinado em 27 de outubro de 1999, mais de dois anos após o crime.
Segundo o Tribunal de Justiça, o caso foi arquivado, a pedido do Ministério Público, porque a investigação policial não avançou para que fosse feita uma denúncia.
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Documento mostra perícia ligando Dr. Bumbum e mãe dele, Maria de Fátima, a um homicídio em 1997 (Foto: Reprodução)
G1 RIO