O FaceApp, aplicativo russo que virou febre desde o último fim de semana ao envelhecer fotos de usuários, é alvo de um pedido polêmico do senador norte-americano Chuck Schumer.
O político quer que o FBI e a Comissão Federal de Comércio (FTC) “investiguem os riscos à segurança nacional e à privacidade” das pessoas causados pela manipulação de dados do aplicativo.
Chefe da minoria dos democratas no Senado, Schumer diz que o fato de o FaceApp ter sido desenvolvido na Rússia (mais precisamente em São Petersburgo) desperta desconfiança. “A localização da FaceApp na Rússia levanta questões sobre se a empresa pode fornecer dados de cidadãos dos EUA a terceiros, incluindo potencialmente governos estrangeiros”, disse ele em sua carta ao FBI, divulgada pelo próprio político no Twitter.
No comunicado, Schumer cita ter “sérias preocupações quanto à proteção dos dados que estão sendo agregados, bem como se os usuários estão cientes de quem pode ter acesso a eles”.
Nesta semana, o blog Tecfront, do UOL, detalhou os Termos de Uso e a Política de Privacidade do FaceApp. Entre outras coisas, as regras dizem que, ao usar o aplicativo, você concede “uma licença perpétua, irrevogável, não exclusiva, isenta de royalties, global, totalmente paga e transferível para usar, reproduzir, modificar, adaptar, publicar, traduzir, criar trabalhos derivados, distribuir, executar publicamente e exibir o Conteúdo do Usuário e qualquer nome, nome de usuário ou imagem fornecidos em conexão com o seu Conteúdo do Usuário em todos os formatos e canais de mídia agora conhecidos ou que venham a ser desenvolvidos no futuro, sem qualquer direito à remuneração para você”.